sexta-feira, 3 de julho de 2009

Painel Histórico e Introdução



Este foi o primeiro painel apresentado.
Como todos os temas abordados no painel ja foram abordados em posts anteriores, e o painel é auto-explicativo, farei apenas algumas considerações sobre ele:
A definição de diabetes que aparece é a do Diabetes Mellitus, mas nós sabemos que diabetes é um nome genérico dado a qualquer problema que tenha como sintoma poliúria (muita urina), e isso vem da origem da palavra diabetes que significa "sifão".
A principal divisão no diabetes é entre Mellitus (problemas relacionados à insulina) e Insupidus (problemas relacionados ao excesso de urina, mas não à insulina e hiperglicemia, problemas geralmente na hipófise ou no ADH). Todos os outros tipos que aparecem no painel são variações do Diabetes Mellitus (grande maior parte dos casos de diabetes).

Painel - Tipos de Diabetes



Apesar de meu aparente nervosismo em apresentar um painel de extrema importância, fiquei feliz por ter passado ao menos um pouco mais de informação sobre um problema que, com o estilo de vida atual, vem sendo a cada dia mais comum.

No meu painel, abordei os 3 tipos mais comuns de diabetes, que são:

Diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e a diabetes gestacional.


Diabetes tipo 1

Deficiência na produção de insulina, produzindo pouca ou nenhuma insulina. Por este fato são chamados de insulino dependentes, pois necessitam, de doses diárias de insulina.


Diabetes tipo 2

Pode ser associada a maus hábitos alimentares, obesidade e sedentarismo. Neste caso o diabético produz a insulina, porém o organismo não consegue utilizá-la em conseqüência a resistência que ele adquire à insulina (o sobre peso e o sedentarismo sobrecarregam as células com glicose e ácidos graxos livres em excesso, que aumentam a formação de radicais livres (ocasionando um estresse oxidativo). As células e o adipócito ficam resistentes à insulina para reduzir a entrada de glicose.) caracterizada pela menos disponibilidade de Gluts-4 nas células dos músculos e adipocitos.


Diabetes gestacional

O diabetes gestacional é a alteração da glicemia durante a gravidez devido ao aumento da resistência a insulina. Esse aumento ocorre naturalmente na grávida devido aos hormônios produzidos na gravidez pela placenta e esses hormônios estão relacionados ao aumento da quantidade de glicose já que esta é requerida pelo feto em grande quantidade.

Sintomas são semelhante a da diabetes tipo 2.

Normalmente após o parto a mulher pode voltar a ter um quadro sem diabetes.


Depois, não poderia deixar de lado a insulina, glicose e o glucagon. Pois sem entender um pouco dessas 3 coisas, fica difícil entender a diabetes. Portanto quero explicar brevemente o que acontece no seu corpo após a ingestão de alimentos e na falta dele.

Após a ingestão dos alimentos a glicose absorvida é distribuída pelo corpo, para manter essa concentração de glicose sanguínea no corpo, o excesso é armazenado no fígado e nos músculos em forma de glicogênio. Quando a taxa de glicose no sangue cai o nosso corpo mobiliza essa glicose em forma de glicogênio e/ou estimula você a comer para manter este nível de glicose constante no sangue, nosso corpo depende de 2 hormônios excretados pelo pâncreas de efeitos opostos, são eles: Insulina e Glucagon.


A insulina e produzida e secretada pelas células beta do pâncreas

- Ela estimula as células do fígado e dos músculos a armazenar glicose em forma de glicogênio.

- Estimula as células adiposas a formar gorduras a partir de ácidos graxos e glicerol]

- Estimula as células do fígado e dos músculos e produzir proteínas através de aminoácidos

- Impede as células do fígado e dos rins de fazer glicose a partir de compostos intermediários das vias metabólicas (gliconeogenese)


O glucagon por sua vez é liberado pelas células alfa do pâncreas, ele é liberado quando o corpo esta em jejum, gerando um efeito oposto o da insulina.

- Estimula o fígado e os músculos a quebrarem o glicogênio armazenado e liberar glicose, através da via metabólica chamada (glicogenólise)

- Estimula basicamente a gliconenólise no fígado e nos rins (glicogenólise e a quebra de glicogênio através da retirada sucessiva de glicoses)


Alto nível de glicose sanguínea na diabetes produz uma concentração de glicose na urina e faz a pessoa urinar freqüentemente pelo efeito osmótico nos rins.

Também com grandes taxas de glicose no sangue o corpo estimula a pessoa a beber mais água, na tentativa de liberar pela urina a glicose em excesso.


E por fim, através desta imagem, gostaria de concluir a apresentação do meu painel, mostrando como a falta ou resistência à insulina age sobre muitos órgãos de nosso corpo, produzindo uma variedade de efeitos .


Neuropatia Diabética

Neuropatia é um nome genérico dado a qualquer dano nervoso no sistema nervoso periférico. A neuropatia consiste , geralmente, em dificuldade de transmissão de impulsos nervosos pelos nervos periféricos, e os sintomas podem ser divididos e classificados em três tipos:

1. Sensitivos: dormência ou queimação das pernas, pés e mãos. Dores locais e desequilíbrio, formigamento;

2. Autonômicos: traumatismo dos pêlos, pressão baixa, distúrbios digestivos, ocorrência de pele seca, excesso de transpiração e até impotência (sim, impotência!);

3. Motores: estado de fraqueza e atrofia muscular.

A principal causa da neuropatia é o diabetes (até isso o diabetes pode provocar). O excesso de glicemia sanguínea por longos períodos (longos mesmo, pois os primeiros sintomas da neuropatia só aparecem décadas após o diagnóstico do diabetes) provoca lesões na bainha de mielina dos neurônios (aquela bainha lipídica-proteica que envolve o axônio de parte dos nervos e auxilia na transmissão dos impulsos nervosos) e desencadeia as dificuldades de transmissão dos impulsos.

Aqui vai um vídeo produzido pela turma de fisioterapia da UNIEURO sobre a neuropatia diabética:




Bibliografia:
http://www.diabetes.org.br/diabetes/complicacoes/neuropatia.php
http://en.wikipedia.org/wiki/Neuropathy

Pirâmide da atividade Física


É bastante comum vermos pirâmides dos alimentos... Uma pirâmide com alimentos dentro, e os mais perto da base são os com consumo mais indicado, e os do topo devem ser evitados, ou consumidos com mais moderação.
Trago aqui uma pirâmide da atividade física. Não é lá muito acadêmico, e é justamente por isso que ela consegue atingir a grande massa (o povo), e tenta "catequisar" a população de como melhorar a saúde.
A proposta inicial foi desenvolvida pelo Departamento de Saúde Americano (US Department of Health and Human Services). Essa versão é uma prática e simpática adaptação de Kátia Maciel, da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Essa pirâmide é especialmente importante para os diabéticos, porque a atividade física é mais necessária em um indivíduo diabético que em um indivíduo considerado "normal". Isso se deve ao fato de que a atividade física induz a translocação das moléculas transportadoras GLUT-4 do interior das células musculares para a membrana plasmática (sem o estímulo da insulina). Esse mecanismo é essencial para um indivíduo que desenvolveu o Diabetes Melitus tipo II, pois a resistencia à insulina dificulta essa transçocação das GLUT-4.
É por esse mecanismo que os músculos cardíacos demoram mais a desenvolver as sequelas advindas do Diabetes tipo II (os músculos cardíacos estão sempre em funcionamento).



Bibliografia:
http://fepersonal.blogspot.com/2007/09/diabetes-tipo-ii-e-exerccios-fsicos.html
http://www.diabetes.org.br/atividade_fisica/piramide.php
http://en.wikipedia.org/wiki/Heart_attack

Cartão Diabético



Prezando pelo bem estar do diabético, a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) criou um cartão de identificação do diabético, que ensina a qualquer pessoa como proceder em um momento de necessidade (em um ataque de hipoglicemia, por exemplo).





Mais informações: http://www.diabetes.org.br/ferramentas/cartao_de_identificacao.php

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Teste Oral de Tolerância à Glicose

O teste oral de tolerância a glicose, ou curva de tolerância a glicose, ou ainda curva glicêmica, é um teste que consiste na análise da resposta de um cidadão à dosagem oral . O teste auxilia no diagnóstico do diabetes mellitus e da hipoglicemia quando outros exames (como a glicemia de jejum) não detectam a doença, mas persistem os sintomas e sinais clínicos.
Quando um paciente faz a medição da glicemia de jejum, e ela acusa uma nível típico dum diabético tipo mellitus, não se pode diagnosticar imediatamente a patologia no dodói! Isso porque o diabetes é uma doença crônica, com tratamento também crônico. Assim, deve-se fazer uma avaliação mais profunda da condição do nosso querido.
Para dar um exemplo, entenda o seguinte: Quando o nível glicêmico de jejum dum cidadão está acima de 100mg/dl, há um forte indício de diabetes. Veja só, se um honradíssimo faz uma coleta de sangue e se constata o nível glicêmico de 126mg/dl, provavelmente ele possui a patologia tão abordada nesse maravilhoso e pop blog. Entretanto, imagine você que essa hiperglicemia tenha sido causada por algum tipo de infecção ou por uma irresponsabilidade do caro avaliado de não ter seguido o jejum corretamente. Assim, seria correto começar um tratamento crônico baseado em apenas uma avaliação? Não né gente... O diabetes só poderia ser diagnosticado de primeira, assim no pá e pum, se a glicemia dele estivesse acima de 200mg/dl.
Então, vamos ao aprofundamento da investigação! Com a administração via oral de glicose anidra (dextrosol) em 2 momentos, segundo recomendações da American Diabetes Association e da OMS, pode ser avaliada a resposta à ingestão de glicose, e pode-se construir uma curva glicêmica, de onde se pode fazer um diagnóstico preciso do Diabetes Mellitus, sendo que há recomendações próprias para o teste ser feito com intuito de se detectar o mellitus gestacional. As figuras estrategicamente posicionadas ao lado representam curvas glicêmicas construidas com base nesse teste. É isso aí!!



Bibliografia
http://www.biotecnicaltda.com.br/informes/TesteOraldeToleranciaGlicose.pdf
http://www.diabetes.org/

Congresso da SBD

Entre os dias 18 e 21 de novembro, ocorrerá, no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza, o XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes. No Brasil, é o maior encontro sobre diabetes e aborda diversos assuntos envolvendo a disfunção, como, por exemplo, Enfermagem em Diabetes e Diabetes Gestacional e Saúde Reprodutiva. O congresso contará com simpósios acerca dos seguintes temas: Diabetes Mellitus tipo 2 e Síndrome Metabólica, Doença Cardiovascular, Diabetes Mellitus na Criança e no Adolescente, Complicações crônicas, Situações Especiais, e Educação e Saúde Pública. Além disso, haverá debates, cursos e um Workshop Nacional sobre Neuropatia e Pé Diabético.


Mais informações no site: http://www.diabetes2009.com.br/